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25/02/2009 - Escolaridade cresce e qualifica empregados
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O mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) não é mais o mesmo de dez atrás quando o assunto é escolaridade. Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) revelam que pessoas ocupadas com Nível Médio e Superior passaram a ser a maioria na região e somavam 55,4% dos mais de 1,7 milhão de ocupados da RMPA. Trata-se de uma inversão frente a 1998, quando a mão-de-obra com até o Ensino Fundamental completo detinha fatia de 61,4% das vagas. Essa transformação, que também se verifica no contingente que busca oportunidades, pode ser um componente decisivo na mesa de decisões de empresas sobre demitir ou manter empregados.
A socióloga da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e uma das coordenadoras da PED, Irene Galeazzi, diz que as mudanças verificadas na escolaridade da mão-de-obra ocupada refletem um ganho importante na disputa pelas vagas. Na conjuntura de cortes de postos, liderada pela indústria, Irene avalia que as empresas poderão pensar duas vezes antes de demitir. Ela também alerta para uma disputa mais acirrada e qualificada entre a população que está sem trabalho. A socióloga destaca que a expansão das vagas, que cresceram 7% em 2008, ajudou a canalizar uma maior oferta de trabalhadores, o que ajudou a valorizar o maior grau de escolaridade.
Também entre desempregados ocorre mudança no confronto de 1998 e 2008. Naquele ano, pessoas com até o Ensino Fundamental completo representavam 80% do contingente em busca de ocupação, em contraste com 16,9% de quem tinha Ensino Médio e Superior. No ano passado, o exército com menor escolaridade ainda é superior, mas com uma fatia bem menor, de 58,4%, enquanto o outro grupo já responde por 41,2% dos desempregados. "A condição de buscar vaga melhorou, mas a concorrência também", reforça.
O diretor-regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado (Senai-RS), José Zortéa, avalia que o impacto da retração da atividade em empresas gaúchas sobre a demanda de qualificação deve ser sentido a partir de março. Janeiro e fevereiro, meses de menor atividade em cursos, refletiram um pouco o momento, com queda de 10% nas atividades. Mas Zortéa não espera alteração em planos ante a maior necessidade de preparo de profissionais para lidar com novas tecnologias. Para 2009, o orçamento do órgão é de R$ 150 milhões, sendo R$ 144 milhões previstos para ações de atualização e capacitação da mão-de-obra da indústria e incremento tecnológico de escolas e apoio a empresas.
A trajetória do Senai-RS nos últimos dez anos reforça o impulso vertiginoso na qualificação de trabalhadores. Não tanto pela evolução de matrículas em escolas e cursos do órgão, que cresceram 18,4%, mas pelo investimento em novas tecnologias. A verba avançou 210% em 2008 no confronto com 1998, somando R$ 27,1 milhões ante R$ 8,7 milhões. O volume de horas técnicas efetuadas em empresas e na preparação de mão-de-obra, normalmente na utilização de novos maquinários e processos, aumentou 118%, somando 138 mil no ano passado, ante 63 mil de 1998. "Dominar a tecnologia passou a ser condição essencial para manter mercado", explica o diretor-regional.
Especialista em Direito Trabalhista, o advogado do escritório Veirano Cláudio de Castro aponta que a maior qualificação deve ser colocada na balança pelas empresas na hora de avaliar corte de pessoal. Castro pondera que os custos de rescisões poderão ser muito maiores que a manutenção do profissional por um prazo maior, até a reversão do quadro de desaceleração. "Ao tomar a decisão de demitir, o empresário deve avaliar a conta que terá para treinar novos empregados", alerta o advogado. Castro lembra que os gastos para preparar a mão-de-obra estreante podem ser os mesmos de manter o empregado mais antigo. Com a vantagem, reforça, de que o veterano já domina a cultura e tecnologia da empresa.
Esse é um argumento que os sindicalistas estão usando para defender emprego em meio aos recentes surtos de demissões. No ramo metalmecânico, desde novembro, a Federação dos Metalúrgicos soma mais de 7,5 mil dispensas. Se não conseguem evitar o corte, sindicatos estão negociando a preferência pelo trabalhador que já pertencia ao quadro na retomada de contratações. Foi o acordo que o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre fez com a Zamprogna.






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