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02/04/2009 - G-20 terá US$ 1 trilhão para aquecer economia
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A reunião de cúpula do G-20, que começa hoje em Londres, deve resultar no anúncio de US$ 1 trilhão em novos recursos para irrigar a economia mundial, socorrer os países emergentes e em desenvolvimento e estimular as trocas comerciais. Deste valor, cerca de US$ 750 bilhões seriam destinados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e até outros US$ 200 bilhões para o Banco Mundial. As revelações foram feitas pelo ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega. O aporte de recursos no FMI, segundo Mantega, deve acontecer por diferentes modelos de capitalização. Por meio da linha de crédito New Arrangements to Borrow (NAB), um método defendido pelos Estados Unidos, seriam injetados US$ 250 bilhões.
Outros US$ 250 bilhões viriam por meio dos Direitos Especiais de Saque (SDR), que estão ligados ao poder de decisão de cada país-membro do fundo. Esta é, de acordo com o ministro, a preferência brasileira. Por fim, mais US$ 250 bilhões seriam originários de empréstimos diretos dos governos, como se dispuseram a fazer o Japão - com US$ 100 bilhões -, a União Europeia - com US$ 100 bilhões - e a Noruega - com US$ 48 bilhões. Os recursos se somariam aos US$ 250 bilhões dos quais o FMI já dispõe, totalizando US$ 1 trilhão para socorrer as economias emergentes e em desenvolvimento que enfrentem crise. Conforme Mantega, um acordo em torno destes valores depende da reorganização do poder de decisão nas instituições internacionais, de como o aporte será feito e da reformulação das condições de saque por parte dos países-membros do fundo. "Não podemos manter o status quo do fundo, ou seja, permitir que o comando seja mantido por países que não têm mais o poder de decisão e de aporte", afirmou o ministro. Além dos recursos para o FMI, o Banco Mundial também receberia um novo aporte. Os recursos seriam voltados ao reaquecimento do comércio internacional. Segundo o ministro brasileiro, o G-20 deve injetar entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões na instituição. "Os recursos seriam alocados para os países em desenvolvimento, para reativar o comércio", disse Mantega.
No total, de acordo com os negociadores da delegação brasileira, o G-20 deverá anunciar US$ 1 trilhão em recursos novos para os organismos internacionais. Esse valor diz respeito ao total de recursos novos para as diferentes instituições, confirmaram o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia. "O Brasil está disposto a colaborar, mas temos de ver qual é a melhor maneira e adaptar as instituições às novas regras do jogo. Não podemos trabalhar com as velhas regras", argumentou o ministro. "São novas regras para que o Brasil seja também protagonista. Não é só colocar dinheiro sem saber onde será alocado."
A proposta de aumento dos recursos do FMI veio a público em 22 de fevereiro, ao término de uma reunião preparatória entre chefes de Estado e de governo dos países europeus do G-20 - Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Holanda. Então, um dos entusiastas do novo aporte era o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown. Embora a maior parte dos membros do G-20 apoie a recapitalização das instituições internacionais, a reforma e a redistribuição do poder de decisão não são, de acordo com a delegação brasileira, prioridades dos EUA e da União Europeia.


Brown cita Lula em entrevista coletiva

Durante entrevista coletiva, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao responder a uma pergunta sobre de quem era a culpa pela crise econômica mundial. "Estive no Brasil na semana passada e acho que o presidente Lula me perdoará por dizer isso", começou Brown. "Ele me disse que, quando era líder do sindicato, culpava o governo. Quando se tornou oposição, culpava o governo. Quando virou governo, passou a culpar a Europa e a América".
Brown continuou falando de Lula. "Ele reconhece, como nós, que esse é um problema global. É um problema global, que requer uma solução global." A citação teve o sentido oposto da declaração de Lula na entrevista coletiva que se seguiu ao encontro. "É uma crise causada por comportamentos irracionais de gente branca e de olhos azuis".
Respondendo à mesma pergunta, o presidente Barack Obama procurou mostrar que o problema não foi causado só pelo seu país. "Nos EUA e no mundo vemos o mesmo descompasso entre os regimes regulatórios e os mercados de capitais altamente integrados", disse.


Manifestantes tomam distrito financeiro de Londres

Milhares de manifestantes anticapitalismo tomaram o coração do distrito financeiro de Londres ontem. Foi invadida uma agência do Royal Bank of Scotland, durante protestos em sua maioria pacíficos. Uma efígie de um banqueiro foi queimada e os manifestantes chegaram a ameaçar a fachada do Banco da Inglaterra, o banco central da Grã-Bretanha. Entre os manifestantes estavam quatro mil anarquistas, anticapitalistas e ambientalistas. No final da tarde, os manifestantes foram dispersos. À noite, a polícia britânica encontrou o corpo de um homem morto perto do Banco da Inglaterra.
Aproximadamente quatro mil pessoas se dirigiram à chamada City Londrina, perto do meio-dia (hora local), segundo estimativas da polícia. O evento foi apelidado de Dia da Mentira Financeira, em referência ao 1 de abril. "Faça amor, não alavancagem" era um dos slogans entoados. Foram pichadas várias frases em uma agência do Banco da Inglaterra, entre elas "As pessoas pararão de roubar os bancos quando os bancos pararem de roubar as pessoas".
Ainda que na maior parte do tempo pacíficas, as manifestações tiveram momentos de tensão e violência. Janelas foram quebradas no Royal Bank of Scotland, por exemplo, e algumas pessoas entraram no prédio. A polícia respondeu com dureza. Na Queen Victoria Street, os manifestantes que deixavam o Banco da Inglaterra entraram em confronto com a polícia. Os manifestantes jogaram latas de refrigerante e água em policiais, que pediram reforço.
No início da tarde, 11 pessoas haviam sido presas, quando a polícia as retirou de uma van convertida em um aparente veículo blindado, segundo um porta-voz policial. A polícia prendeu essas 11 pessoas pela posse de uniformes da polícia.
Os protestos uniram uma mistura de anticapitalistas, anarquistas e ambientalistas, em uma coalizão autointitulada G-20 Meltdown (Derretimento do G-20). A maioria se posicionava contra a ineficiência e a ganância dos banqueiros.


Lula afina orquestra com Sarkozy, mas não abandonará negociações

Horas antes de embarcar para Londres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou-se, em Paris, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. A reunião bilateral foi, segundo o brasileiro, a oportunidade para que os dois países "afinem a orquestra" para a Cúpula do
G-20. Apesar da proximidade, Lula descartou a hipótese de abandonar as negociações e boicotar a declaração final do evento, uma intenção de Sarkozy caso não haja avanços.
O encontro dos presidentes aconteceu pouco depois do meio-dia, no Palácio do Eliseu, em Paris. O brasileiro foi recebido pelo seu homólogo francês, com quem trocou apertos de mão e posou para os jornalistas antes de ingressar no palácio, onde almoçariam. Também estavam presentes o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia. Do lado francês, a ministra da Economia, Christine Lagarde, compareceu. Na reunião, os presidentes confirmaram uma nova visita de Sarkozy ao Brasil, em 7 de setembro. "Não se tratou apenas do G-20. Diria que em 50% do tempo falamos sobre a cúpula em Londres e nos outros 50% tratamos da parceria estratégica entre os dois países, que trata de temas econômicos, militares e de ciência e tecnologia, entre outros", disse Garcia.
Depois do almoço, Lula e
Sarkozy fizeram uma declaração à imprensa. Em sua fala, o presidente francês enfatizou o G-20. "A identidade é total e completa entre o Brasil e a França", garantiu. "O presidente Lula e eu desejamos que o mundo mude, se mova. Se avançarmos juntos, se colaborarmos, nossa voz será mais forte."
Ao falar da importância da reunião em Paris, Lula afirmou que os dois governantes chegaram a um consenso. "Nem o presidente Sarkozy, nem eu queremos participar de uma reunião fracassada." O presidente brasileiro se disse otimista em relação aos resultados do G-20, mas se mostrou comedido. "Será uma reunião entre amigos, mas difícil porque nem todo mundo está pensando da mesma forma. Estou convencido de que sairemos no mínimo com uma proposta que possa representar um alento".
Apesar da sintonia com
Sarkozy, horas depois de deixar o Palácio do Eliseu Lula descartou abandonar as negociações e não assinar a declaração final da reunião de cúpula de Londres. Há dois dias, Sarkozy vem reafirmando sua disposição de boicotar a cúpula caso as negociações não resultem em avanços concretos na supervisão do sistema financeiro e na regulação dos paraísos fiscais.
No trajeto entre Paris e Londres a bordo do trem-bala (TGV), Lula reafirmou que o Brasil não vai recorrer a empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo contrário: pretende injetar recursos na instituição. "Pegar dinheiro o Brasil não precisa porque tem reservas suficientes", argumentou. "O Brasil não vai agir como se fosse um país pequeno, sem importância. Se quiser ser grande, o Brasil hoje tem cacife para colocar dinheiro emprestado para ajudar países pobres."
O assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia, o País propôs que o novo dinheiro injetado pelos países-membros do FMI continue a ser contabilizado como parte das reservas internacionais, que no caso brasileiro rondam os US$ 200 bilhões. De acordo com Lula, o aporte de recursos e a reforma do poder de decisão dos países-membros no FMI não precisam ser feitas simultaneamente. "Uma coisa é a discussão emergencial para retomar a atividade econômica e normalizar no mundo. Outra é temos mais tempo para mudar as regras de funcionamento das instituições multilaterais. Isso não precisa ser amanhã. Pode ser daqui a um, dois, quatro meses."


Fundo Monetário Internacional acusa grupo de fazer corpo mole

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acusou os líderes do G-20 de fazer corpo mole para a limpeza dos balanços dos bancos de ativos tóxicos. Segundo Strauss-Kahn, que está em Londres, a economia mundial não vai se recuperar enquanto os governos não agirem de forma enérgica para resolver o problema dos ativos tóxicos no sistema financeiro. "Os Estados Unidos, com razão, insistem no estímulo fiscal e a União Europeia, também com razão, insiste na regulamentação financeira. Mas eles não estão agindo rapidamente para limpar o sistema financeiro", afirmou Strauss-Kahn. O diretor do FMI se disse "agnóstico" em relação ao método usado para limpar o sistema financeiro.
Mario Draghi, presidente do Fórum de Estabilidade Financeira (FSF, na sigla em inglês, órgão que reúne autoridades financeiras de vários países), também alertou para o atraso na limpeza do sistema financeiro. "O principal agora é atingir um nível de transparência em relação ao piso dos prejuízos dos bancos", disse Draghi. Strauss-Kahn espera que a economia mundial se recupere no primeiro semestre de 2010, dependendo da velocidade da limpeza dos balanços dos bancos. Em entrevista ao jornal espanhol El País, publicada ontem, ele afirmou que a economia mundial deve encolher entre 0,5% e 1% neste ano.
O diretor-gerente do FMI lembrou que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) pode ser a maior desde a 2ª Guerra e a Grande Recessão pode causar a perda de 50 milhões de empregos no mundo. Às vésperas do encontro dos líderes do G-20, em que a Europa deve ser pressionada para aumentar seu estímulo à economia, Strauss-Kahn afirmou que o Banco Central Europeu poderia comprar ativos com emissão de moeda como maneira de aumentar a base monetária.
Strauss-Kahn afirmou que a iniciativa do México de recorrer a um empréstimo pela nova linha de crédito flexível do FMI é uma boa medida econômica para o país. "Acredito que o México seja um excelente candidato a pioneiro dessa linha de crédito e pretendo conseguir aprovação do conselho do Fundo rapidamente", disse o diretor do FM. A nova linha de crédito "pode desempenhar um papel importante para apoiar as políticas econômicas do México e aumentar a confiança em meio a um ambiente global muito difícil". O ministro das Finanças mexicano, Agustin Carstens, confirmou na terça-feira passada que o México iria pedir um empréstimo de US$ 47 bilhões como medida de precaução. O México seria o primeiro país a acessar essa nova linha de crédito do FMI, destinada a países maiores e com menos fragilidades.


>> A cúpula e suas metas

> Países e os líderes que participam do encontro
- Alemanha - Angela Merkel
- Arábia Saudita - Abdullah al Saud
- Argentina - Cristina Kirchner
- Austrália - Kevin Rudd
- Brasil - Luiz Inácio Lula da Silva
- Canadá - Stephen Harper
- China - Hu Jintao
- Coreia do Sul - Lee Myung-bak
- Estados Unidos - Barack Obama
- França - Nicolas Sarkozy
- Índia - Manmohan Singh
- Indonésia - Susilo Bambang Yudhoyono
- Itália - Silvio Berlusconi
- Japão - Taro Aso
- México - Felipe Calderón
- Reino Unido - Gordon Brown
- Rússia - Dimitri Medvedev
- África do Sul - Kgalema Motlanthe
- Turquia - Recep Tayyip Erdogan
- União Europeia - Mirek Topolanek

> Outras nações que estarão presentes
- Espanha
- Holanda
- República Checa
- Etiópia
- Tailândia

> Temas em discussão
- Medidas
Balanço das ações adotadas para a retomada do crescimento econômico; Eventuais novas medidas;
- Crise
Ajuda aos países em desenvolvimento, em especial os mais pobres, afetados pela crise;
- Proteção
Condenação ao protecionismo;
- Ajuda
Reforma do FMI, com o anúncio do aumento dos fundos para empréstimos;
- Finanças
Ampla reforma da regulação/supervisão do sistema financeiro;
- Comércio
Pacote em princípio de US$ 100 bilhões para o financiamento do comércio exterior.






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