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02/04/2009 - Produção despenca 17% em fevereiro ante 2008
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A produção da indústria em fevereiro cresceu 1,8% em relação a janeiro, representando um sinal positivo para o setor, "mas insuficiente para anular as quedas anteriores", disse o coordenador de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Silvio Sales, que comentou os dados divulgados ontem. O nível da produção industrial em fevereiro retrocedeu no tempo quatro anos e oito meses apesar da alta em relação a janeiro. As comparações com mesmo mês do ano passado (-17%), com o bimestre (-17,2%) e com os dados dos últimos 12 meses (-1%) mostram ainda o tamanho do estrago provocado pela explosão da crise financeira internacional.
"Psicologicamente, foi um resultado muito ruim, pois mostra que ainda há um enorme caminho a percorrer para voltarmos aos níveis do primeiro bimestre do ano passado", disse o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal. Para o economista-chefe da BRZ Investimentos, Alexandre de Azára, os dados reforçam a tendência de o Copom voltar a promover mais um corte de 1,5 ponto percentual dos juros básicos na sua reunião de abril.
O mais preocupante é a queda expressiva da produção de bens de capital, a única categoria que reduziu o ritmo de produção entre fevereiro e janeiro deste ano: -6,30%. No primeiro bimestre de 2009, houve queda de 12,3%. A produção de bens de capital caiu 24,4% em fevereiro em relação a igual mês do ano passado, o maior recuo para essa categoria, ante igual mês de ano anterior, apurado pelo IBGE desde 1996. Segundo Sales, do IBGE, o recuo na produção de bens de capital reflete "a confiança de empresas e consumidores, que está em compasso de espera e tem efeitos nas decisões de investimentos".
De acordo com Sales, além dos efeitos da crise, os resultados da indústria ante igual mês do ano passado refletiram também uma base de comparação elevada, e o fato de que fevereiro de 2009 teve um dia útil a menos do que igual mês de 2008.
Já a produção de bens intermediários (1,5%), bens de consumo duráveis (10,5%) e semi e não duráveis (1,7%) cresceu em relação a janeiro. A produção de veículos automotores registrou alta de 8,7% nessa comparação. Por outro lado, registraram queda em relação a fevereiro de 2008: bens intermediários (-21,0%); bens de consumo duráveis (-24,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (-3,3%). Nesse comparativo, a produção de veículos automotores caiu 29,8%. Para Sales, os dados mostram uma perspectiva negativa para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no PIB. A FBCF, que sinaliza os investimentos, é composta por dados de máquinas e equipamentos e construção civil. Em fevereiro, ante igual mês do ano passado, a produção de insumos para construção civil caiu 13,5%, o maior recuo desde dezembro de 1995.
O IBGE também informou a revisão do resultado da produção industrial de janeiro de 2009 em relação a dezembro de 2008 de 2,3% para 2,1%. Sales disse que a revisão se deve à introdução de novos dados na série com ajuste sazonal.


No Rio Grande do Sul, a atividade recuou 14,7%

A atividade industrial gaúcha voltou a cair fortemente ainda sob os efeitos da crise econômica internacional. O recuo em fevereiro chegou a 14,7%, em comparação com o mesmo período de 2008. "Com este resultado, o setor acumula, no primeiro bimestre de 2009, uma desaceleração de 14,3%, configurando-se na maior taxa de retração já experimentada no Estado", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, ao comentar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS). Em relação a janeiro, a queda foi de 0,6%, descontados os efeitos sazonais. O industrial lembrou que o indicador já vinha negativo em novembro (-4,7%), dezembro (-8,0%) e janeiro (-13,8%).
De acordo com Tigre, a grande intensidade das perdas e a sua disseminação entre a maioria dos setores pesquisados foram as características predominantes em fevereiro. Todas as variáveis da pesquisa, tanto aquelas ligadas à produção quanto ao mercado de trabalho, registraram quedas expressivas: compras (-33,1%), faturamento (-17,5%), horas trabalhadas (-13,6%), utilização da capacidade instalada (-9,6%), massa salarial (-6,8%) e emprego (-4,2%). Dos 17 segmentos analisados, 16 apontaram menor atividade no mês. Os maiores recuos foram em Metalurgia Básica (-41,1%), Fumo (-28,9%), Químicos (-27,6%), Máquinas e Equipamentos (-20,9%) e Veículos Automotores (-19,8%). Apenas Têxtil obteve uma elevação (0,9%).
No primeiro bimestre de 2009, a queda de 14,3% no desempenho das indústrias foi a maior registrada desde 1991, quando se iniciou a série histórica do IDI-RS. Os indicadores ligados à produção continuam sendo os mais afetados. As compras, o faturamento e as horas trabalhadas seguem bem inferiores ao patamar registrado no ano passado e apontaram recuos de 34,9%, 19,2% e 12,3%, respectivamente. Outro indicador que demonstra a retração da atividade econômica é a utilização da capacidade instalada, que caiu 8% e chegou a 78,2%, a menor desde 1995.
Em relação aos índices do mercado de trabalho, o emprego encerrou o primeiro bimestre de 2009 com um decréscimo de 2,9%, frente ao mesmo período do ano passado. A massa salarial, por sua vez, caiu 4,1%. As maiores perdas do emprego atingiram os setores de Couros e Calçados (-9%), Máquinas e Equipamentos (-5,9%) e Borracha e Plásticos (-6%). O índice de difusão, que mostra o grau de abrangência da crise, demonstra que mais da metade (50,7%) das indústrias pesquisadas reduziram o seu quadro de pessoal.


Vendas de veículos batem recorde em março

A vendas de veículos no mercado brasileiro somaram 271,4 mil unidades em março de 2009, o que representa um crescimento de 16,95% sobre igual mês do ano passado e uma alta de 36,1% ante fevereiro, segundo fontes do setor que pediram anonimato. O número coloca o mês de março como o segundo melhor mês da história da indústria e também como o melhor março.
O desempenho está atrelado à isenção do IPI na venda de carros novos e à expectativa de que o benefício se encerrasse neste mês. No acumulado dos primeiros três meses de 2009 foram comercializados 668.314 mil veículos, o que representa uma expansão de 3,14% sobre igual intervalo do ano passado, ou uma adição de 20.354 unidades.
O trimestre também ocupa a posição de melhor primeiro trimestre de todos os tempos. Os números completos da indústria automobilística brasileira serão divulgados na segunda-feira, pela Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea).





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