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22/04/2009 - FMI prevê mais de US$ 1 trilhão para bancos
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O Fundo Monetário Internacional (FMI), no Relatório de Estabilidade Financeira Global (GFSR), afirma que a necessidade de capital novo levantado para bancos nos EUA e na Europa, de forma agregada, pode ser um número mínimo perto de US$ 900 bilhões ou, dependendo do parâmetro utilizado, superar US$ 1 trilhão. Esse cálculo é feito com base no que o FMI classifica de avaliação realista das perdas incorridas até agora no sistema financeiro internacional e da possibilidade de mais baixas contábeis.
O Fundo reconhece que havia sido otimista na projeção feita em outubro de 2008, durante o Encontro Anual, quando estimou que a oferta de crédito não teria retração, e se limitaria a uma desaceleração, se fossem injetados US$ 675 bilhões em capital novo no sistema bancário internacional. Agora, além desses números gigantescos para injeção de capital fresco, o Fundo estima retração do crédito ao setor privado em 2009 no mundo.
O conselheiro e diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais, José Viñals, diz que "a deterioração do ambiente econômico mundial aumentou as esperadas baixas contábeis e ampliou a necessidade por capital novo para muitos bancos".
Diante dessa perspectiva, o FMI parte do princípio de que há necessidade de reavaliar a viabilidade de longo prazo dos bancos, com objetivo de estimar a necessidade de capital dessas instituições. Os cálculos do Fundo foram feitos para compreender a magnitude do capital total necessário no sistema bancário ocidental e incorporam baixas contábeis potenciais e também receita dos bancos no período de 2009 a 2010. O FMI reconhece que há incerteza nas premissas que utiliza para as estimativas, então acredita que os números devem ser vistos como uma indicação da severidade do problema no sistema financeiro internacional.
Na primeira estimativa, o FMI assume retorno da alavancagem para um nível prevalecente antes da crise - estimado pela relação de ações ordinárias tangíveis (TCE) sobre os ativos tangíveis (TA) -, ou seja, número equivalente a 4% TCE/TA. A chamada relação TCE mede a solidez de um banco e é considerada conservadora por participantes do mercado por excluir, por exemplo, os ativos intangíveis de uma instituição. Sob esse parâmetro, o FMI estima que a injeção de capital nos bancos precisaria ser de algo em torno de US$ 275 bilhões para os bancos nos Estados Unidos, US$ 375 bilhões para os bancos na zona do euro, US$ 125 bilhões para os bancos no Reino Unido e US$ 100 bilhões para os bancos na área que o FMI denomina como Europa madura, em geral membros da União Europeia que não adotam a moeda única, totalizando, de forma agregada, quase US$ 900 bilhões.
Na segunda estimativa, o Fundo assume as necessidades de capital para fazer com que o nível de alavancagem das instituições fosse o mesmo de meados da década de 1990, ou seja, 6% TCE/TA. Sob esse parâmetro, o FMI calcula que seria preciso injetar cerca de US$ 500 bilhões nos bancos dos EUA, US$ 725 bilhões nos bancos na zona do euro, US$ 250 bilhões nos bancos do Reino Unido e US$ 225 bilhões nos bancos no restante da chamada Europa madura, caminhando em direção a um montante US$ 2 trilhões de forma agregada. Segundo o FMI, é a incerteza que envolve o valor dos ativos que tem pesado sobre o aumento do capital necessário para os bancos compensar perdas e evitar maior queda de capital, por exemplo. O FMI cita que os parâmetros usados na relação TCE/TA refletem níveis visto pelo mercado como sendo de bancos bem capitalizados.
De acordo com o documento divulgado, o FMI estima que os bancos no mundo levantaram cerca de US$ 900 bilhões em capital até agora, dos quais metade veio de fontes públicas, mas é preciso mais recursos, reitera o FMI, para amortecer baixas contábeis potenciais e restaurar a confiança dos investidores.
Desde o início da crise, a capitalização de mercado dos bancos mundiais caiu e mais da metade ante US$ 3,6 trilhões, para US$ 1,6 trilhão, acrescenta o FMI. No documento, o FMI calcula para 22 dos maiores bancos no mundo que a lacuna em refinanciamentos que detêm, se não houver recursos disponíveis, aumenta de US$ 20,7 trilhões, registrados ao final de 2008, para US$ 25,6 trilhões no final de 2011.


Projeção para PIB global é a pior em quatro décadas

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o sistema financeiro mundial continua sob estresse severo, atingindo economias emergentes e avançadas, sendo que o declínio econômico ganhou fôlego, resultando na "deterioração dos riscos macroeconômicos". No Relatório de Estabilidade Financeira Global (GFSR, na sigla em inglês), que não contém os dados sobre os PIBs mundiais, que serão divulgados hoje, o FMI antecipou que a "projeção para o crescimento econômico global para 2009 foi ajustada acentuadamente para baixo para o ritmo mais lento em pelo menos quatro décadas".
"Como resultado da piora da perspectiva econômica mundial, a deterioração do crédito está se alastrando para ativos de maior qualidade e tornando-se mais espalhada entre setores e regiões", afirmou o conselheiro e diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais, José Viñals.
Diante desse panorama delineado, o FMI novamente exorta a comunidade internacional a aprofundar as medidas coordenadas no mundo. O Fundo cita iniciativas do G-20, o aumento dos recursos para seus próprios cofres que foi acertado no encontro de cúpula realizado em Londres, e diz que, apesar de as iniciativas mundiais serem sem precedentes, não evitaram a espiral negativa que passou do setor financeiro para a economia real. E, com objetivo de impedir um aumento desses efeitos, o FMI diz que é preciso medidas mais vigorosas, focadas e efetivas para estabilizar o sistema financeiro.
Uma condição necessária para uma recuperação durável, reitera Viñals, é "curar o sistema financeiro" e restaurar a confiança. Em particular, o documento do Fundo diz que é preciso que haja rapidez para limpar os ativos problemáticos dos patrimônios dos bancos, fazer a reestruturação dos mesmos, caso seja necessário, e considerar risco de solvência entre outras instituições financeiras, como companhias de seguro e fundos de pensão. Se for constatado que a instituição não é viável, diz o diretor, é preciso rápida solução. Ainda, ele recomenda que os governos verifiquem a consistência das medidas adotadas para evitar distorções em outras regiões e consequências não desejadas.
O risco de maior contágio para os emergentes é outra razão para a recomendação do FMI para uma resposta forte e coordenada em escala global para garantir que liquidez adequada esteja disponível.
O FMI, no entanto, apesar das recomendações de adoção de medidas pelos governos, reconhece que essas mesmas medidas - resgate de bancos e pacotes de estímulos - estão aumentando a carga fiscal dos países. "Os Estados Unidos enfrentam alguns dos maiores custos potenciais da estabilização financeira, assim como inúmeros países com grande setor bancário em relação ao tamanho das economias."
O GFSR, divulgado ontem, tem por objetivo explicar as conexões que transmitem as perturbações de uma região para outra e oferecer ferramentas para supervisão do sistema financeiro pelos governos para medir o risco sistêmico.


Baixas contábeis em países desenvolvidos podem somar US$ 4,1 trilhões

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), as perdas agregadas no sistema financeiro internacional ligadas a ativos que se originaram nos Estados Unidos e outras regiões nos chamados mercados maduros (por incluírem financiamentos e títulos originados na Europa e no Japão) podem totalizar US$ 4,1 trilhões, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira Global (GFSR, na sigla em inglês), divulgado ontem.
Para o acumulado no período que vai de 2007 a 2010, a projeção de baixas contábeis aumentou em reflexo à piora no cenário básico traçado pelo Fundo para o crescimento econômico e foi feita "sob um cenário de recessão global", afirma o FMI em relatório. No período em questão, o Fundo elevou as projeções de perdas aos detentores dos ativos que foram originados nos Estados Unidos de US$ 2,2 trilhões para US$ 2,7 trilhões ou US$ 2,8 trilhões (quando se contabiliza o total de US$ 340 bilhões de baixas ligadas a ativos dos mercados emergentes). De acordo com o FMI, um terço dessas perdas já ocorreu. Vale lembrar que, em outubro de 2008, durante o Encontro Anual, o número projetado para as perdas de ativos originados nos EUA era de US$ 1,4 trilhão.


Tesouro dos EUA defende resgate de instituições

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, defendeu ontem no Congresso americano o programa de resgate bancário do governo do país no momento da divulgação de um relatório que alerta para um possível desvio de fundos públicos. A declaração de Geithner também coincide com a publicação de um estudo do FMI (Fundo Monetário Internacional) que eleva para US$ 2,7 trilhões as perdas do setor bancário americano entre 2007 e 2010, US$ 500 bilhões a mais do que o estimado em janeiro passado.
Ainda segundo o Global Financial Stability Report (Relatório sobre Estabilidade Financeira Global, em tradução livre), a crise provocará mais de US$ 4 trilhões em perdas nas instituições financeiras americanas, europeias e japonesas. Geithner, que respondeu a uma bateria de perguntas sobre o programa de investimento público-privado para sanear os balanços bancários de ativos podres, declarou que o citado plano alcança um equilíbrio desejado.
Entretanto, o inspetor-geral do Tarp (Programa de Socorro a Ativos Depreciados, na sigla em inglês), Neil Barofsky, disse que o plano do Tesouro para eliminar os ativos tóxicos dos bancos é suscetível a fraudes e abusos. Barofsky ressaltou que são necessárias regras mais estritas contra possíveis conflitos de interesse. O inspetor indicou que as subvenções aos investimentos público-privados para a aquisição de ativos podres podem fazer com que os contribuintes americanos sofram perdas maiores sem que haja incremento no potencial de lucros.
Além disso, o relatório de Barofsky indica que o Tarp abriu 20 investigações preliminares ligadas ao programa de resgate de US$ 700 bilhões. As investigações vão desde fraude nos investimentos do programa até uso de informação privilegiada e corrupção pública.
No estudo divulgado ontem, o FMI advertiu que a crise financeira mundial não se restringe mais aos problemas pelos ativos hipotecários americanos, lembrando que a recessão piorou as contas dos bancos "em meio a uma queda ininterrupta do valor dos ativos" e fazendo com que evitem conceder empréstimos. De acordo com o fundo, o volume de crédito total pode cair nos EUA, no Reino Unido e na zona do euro no curto prazo, e demorará anos para se recuperar. Ao mesmo tempo, o FMI alertou para a aparição de um protecionismo financeiro prejudicial, manifestado na pressão das autoridades para que os bancos dirijam seus empréstimos ao mercado nacional e para que os consumidores mantenham a despesa dentro das fronteiras.
A crise financeira adquiriu uma nova frente com sua chegada súbita aos países em desenvolvimento, um fenômeno para o qual o Fundo pediu atenção urgente. Segundo o organismo, em vez de receber capital estrangeiro, os mercados emergentes exportarão dinheiro neste ano pela saída de bancos e investidores de suas fronteiras. A debandada coloca esses países em uma posição delicada, pois precisarão de US$ 1,8 trilhão em 2009 para refinanciar sua dívida, principalmente para o setor privado.


Economistas recomendam a divisão de grandes bancos para ampliar a transparência

Ao invés de injetar dinheiro do contribuinte em grandes e complexas instituições, é hora de o governo dos EUA tomar medidas radicais e dividi-las em empresas menores e mais transparentes, disseram importantes economistas a congressistas dos EUA ontem.
"Temos pouco a perder e muito a ganhar dividindo esses hipopótamos, que não apenas são muito grandes para quebrar como também muito grandes para proteger e para gerenciar", disse o Prêmio Nobel de 2001 e professor da Universidade de Columbia, Joseph Stiglitz, um dos participantes da audiência do Comitê Econômico Conjunto do Congresso dos EUA.
Ele argumentou que o setor financeiro dos EUA é simplesmente muito grande e instituições gigantescas estão mais suscetíveis a assumir riscos excessivos que poderão se voltar contra os contribuintes e distorcer os mercados.
De forma similar, o professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Instituto Peterson para Economia Internacional Simon Johnson argumentou que os formuladores de política precisam revisar regras antitruste para evitar o desenvolvimento de instituições financeiras muito grandes. "Os bancos devem ser vendidos para novos investidores de private equity e divididos", afirmou Johnson, acrescentando que os bancos podem ser vendidos em pedaços médios e divididos regionalmente ou por tipo de negócio, para evitar concentração de poder.
"Isso pode parecer uma medida cruel e arbitrária, mas é a forma mais direta de limitar o poder das instituições individuais, especialmente em um setor que, conforme o ano passado mostrou, é ainda mais crítico para a economia como um todo do que qualquer um imaginava", disse Johnson. Ele também pediu por limites na remuneração de executivos para todos os bancos que recebem ajuda do governo, inclusive aqueles que se beneficiam de programas do Federal Reserve.
O presidente do Federal Reserve de Kansas City, Thomas Hoenig, também participou da audiência e criticou a resposta do governo federal à crise econômica mundial, afirmando que as medidas se concentraram demais em salvar empresas grandes como a American International Group (AIG). "Nossas ações até o momento têm o risco de prolongar a crise, ao mesmo tempo que aumentam o custo e levantam sérias questões sobre como nós podemos eventualmente desmontar esses programas sem criar outra crise financeira tão ruim ou pior do que a que enfrentamos atualmente", afirmou Hoenig.


Americanos investigam desvio na ajuda de US$ 700 bilhões

O governo dos Estados Unidos iniciou 20 investigações por crimes e seis auditorias em torno de possíveis desvios no uso da ajuda financeira estatal de US$ 700 bilhões, informou ontem o inspetor do Programa de Socorro a Ativos Depreciados (Tarp, em inglês), Neil Barofsky. Ele divulgou um relatório de 250 páginas o qual expõe todas as preocupações acerca dos esforços do governo dos EUA para socorrer instituições financeiras e fabricantes de veículos.
Em uma entrevista à CNN, o inspetor disse que os contribuintes precisam entender para onde seu dinheiro está indo. "Nossas recomendações olham para o futuro e não há erros que não possam ser resolvidos", disse Barofsky.
O relatório quer determinar se as decisões sobre o uso dos fundos aprovados pelo Congresso foram influenciadas pelos que seriam beneficiados por elas e se as companhias que receberam ajuda estatal cumprem com os limites estipulados nos pagamentos a seus executivos. O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, informou ontem que, dos US$ 700 bilhões aprovados em outubro, o governo do ex-presidente George W. Bush já comprometeu US$ 355,4 bilhões, principalmente no socorro a instituições financeiras e empresas do setor automotivo.


GM e Chrysler terão mais US$ 5,5 bilhões

O governo dos Estados Unidos dará US$ 5 bilhões para a General Motors (GM) e outros US$ 500 milhões à Chrysler para que possam continuar operando durante as próximas semanas, segundo um relatório federal divulgado ontem.
O documento, preparado pelo escritório do Inspetor Geral do Departamento do Tesouro americano, prevê que os recursos destinados à GM permitam que o fabricante continue funcionando até o dia 1 de junho, a data limite dada por Washington para que a empresa desenvolva um novo plano de reestruturação.
Já a Chrysler tem até o dia 1 de maio para fazê-lo, e os US$ 500 milhões de ajuda estatal permitirão que a companhia siga em funcionamento até então. O jornal The Detroit News revela que o Departamento do Tesouro dos EUA gastou a quase totalidade dos US$ 25 bilhões destinados ao setor automotivo.
Segundo o relatório, dessa quantia, US$ 13,4 bilhões foram destinados à GM; US$ 4 bilhões, para a Chrysler; quase US$ 6 bilhões, à GMAC, o braço financeiro da GM; e US$ 1,5 bilhão à Chrysler Financial, entidade financeira da Chrysler.






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