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22/04/2009 - Zoneamento pode atrair novo investimento verde
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O executivo, acompanhado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e da governadora Yeda Crusius, realizou ontem, em uma cerimônia muito concorrida, o lançamento da pedra fundamental do projeto de polietileno verde no Polo Petroquímico de Triunfo. O investimento na planta de plástico verde será de cerca de R$ 500 milhões.
A unidade será capaz de produzir até 200 mil toneladas de eteno ao ano, que será utilizado para fabricar o polietileno. O início da operação comercial do novo complexo está previsto para o começo de 2011. Serão gerados cerca de 1,5 mil empregos durante a fase de obras e cerca de cem na operação. O termo verde, dado ao novo produto, vem da captura do gás carbônico que acontece com a vegetação da cana, que depois será utilizada como matéria-prima para a fabricação do etanol. O álcool, por sua vez, será usado para produzir eteno e polietileno. A cada quilo de polietileno verde produzido, há a captura de cerca de 2,5 quilos de CO2.
O presidente da Braskem destaca que o cronograma da planta independe da situação econômica global. Os estudos iniciais equiparam a competitividade do produto a um preço de petróleo de US$ 45. Gradin argumenta que a estimativa é de que o petróleo, no futuro, custará mais do que esse patamar e o etanol deverá ficar ainda mais vantajoso.
A Braskem negocia, desde ano passado, parcerias com clientes nacionais e internacionais, principalmente, da Europa, Estados Unidos e Japão, interessados em reforçar a associação de suas marcas ao conceito de sustentabilidade. A empresa firmou acordos com a Toyota Tsusho e com a Shiseido, fabricante de cosméticos. Conforme Gradin, a demanda potencial já identificada para o polietileno verde é de cerca de 600 mil toneladas ao ano. A fábrica consumirá cerca de 470 milhões de litros de etanol ao ano. O combustível chegará ao terminal de Santa Clara, em Triunfo, e dali será transferido para a planta por dutos. Originalmente, a maior quantidade de álcool será proveniente de São Paulo. "Seria excelente se tivéssemos produção no Rio Grande do Sul, por razões fiscais e de custos", afirma Gradin. Ele salienta que isso fecharia a cadeia do plástico verde no Estado. De acordo com Dilma, o zoneamento da cana vai permitir que "o produtor gaúcho aproveite as oportunidades do plástico verde". Na cerimônia, a governadora anunciou a concessão de incentivo para o álcool destinado à indústria petroquímica no Estado. A medida prevê o diferimento de ICMS para o álcool utilizado como matéria-prima pelo setor, por meio de projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa.
Entre as razões para a instalação da unidade de plástico verde em Triunfo, Gradin cita ainda o compromisso com o governo do Estado quanto à solução sobre o crédito de ICMS represado devido a exportações das unidades gaúchas da Braskem. A empresa tem um crédito de cerca de R$ 350 milhões. Em contrapartida, a Braskem deverá realizar um investimento de R$ 1 bilhão no polo gaúcho. Metade dos recursos será aplicada na unidade e a outra parte em projetos de automação.
(por Jefferson Klein, de Triunfo)


Estado tem potencial para plantio de 800 mil hectares de cana
por Ana Esteves

Foi dada a largada para a era da cana-de-açúcar no Estado. Após a publicação, no Diário Oficial da União, da Portaria número 54 que aprova o zoneamento agrícola da gramínea para o Rio Grande do Sul, especialistas já apontam que o seu plantio pode ser considerado como uma das melhores oportunidades para os gaúchos, depois do advento soja, introduzido no Estado há mais de 50 anos. Os indícios são mesmo positivos e indicam um potencial para a produção de cerca de 800 mil hectares de cana, garantindo a autossuficiência e trabalho para milhares de pequenos agricultores.
O assessor de política agrícola da Fetag André Raupp acredita que das 35 toneladas por hectare cultivado hoje será possível subir para 70 toneladas, em função dos trabalhos de pesquisa que conseguiram cultivares com ótima adaptação no Estado. "No entanto é preciso ter cuidado para que o plantio não evolua no caminho da monocultura", disse o assessor. Hoje, são cultivados 35 mil hectares, para uma produção que chega a 9 milhões de litros mês, o equivalente a 2% da demanda total do Estado.
Desde 2007, a Emater vem preparando seus técnicos para incrementar a disponibilidade de especialistas a campo, prestando assistência aos produtores. "Temos 40 profissionais já preparados, a partir de 30 unidades de observação de cana estabelecidas pela Embrapa, pois trata-se de uma cultura nova para muitos agricultores, que precisarão de auxílio", disse o assistente técnico estadual de agroenergia da Emater, Alencar Rugeri. Segundo ele, o maior desafio para que o Estado consiga chegar à meta inicial de produção, que seria de 300 mil hectares, reside na adesão dos produtores à nova alternativa de plantio. "A multiplicação da cana é rápida: se o produtor planta um hectare num ano, no outro já pode multiplicar essa quantidade por dez. Mas é preciso convencê-los de que se trata de um bom negócio." O especialista acredita que a tendência nesse primeiro momento é de que muitos produtores utilizem áreas "marginais" de soja e milho para a introdução da soja, locais que tradicionalmente têm mais problemas para se desenvolverem, mais suscetíveis à estiagem, já que a cana é mais resistente.
O deputado Heitor Schuch diz que é muito difícil assegurar o quanto o Estado irá produzir efetivamente, num momento em que o desenvolvimento da cana depende ainda de muita articulação política. "Depende se vamos ter ICMS diferenciado, apoio em termos de pesquisa, condições para que mais investidores se instalem no Estado", disse o parlamentar.
Os produtores, por sua vez, aguardam a liberação de recurso para crédito por parte do Banco Central. Schuch relembra que a produção gaúcho de etanol se reduz hoje a pequenas usinas, que elaboram o combustível para consumo próprio. No município de Porto Xavier, a Coopercana atua desde 1999, sendo responsável pelos 2% de etanol produzidos hoje no Estado. Os investimentos para a implantação de uma usina de álcool no caso de um produtor que implantar 15 hectares de cana serão de R$ 100 mil, valor que, segundo especialistas, pode ser pago com uma safra e meia.


Sindicato protesta contra demissões no polo

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo (Sindipolo) realizou um protesto na manhã de ontem na BR-386, estrada que dá acesso ao Polo Petroquímico de Triunfo (RS), contra demissões na Braskem. Os manifestantes ocuparam uma das pistas da rodovia entre 7h e 10h (de Brasília). De acordo com o sindicato, as demissões decorrem do processo de consolidação das empresas do polo após a compra do grupo Ipiranga - realizada por Petrobras, Braskem e Ultra -, em março de 2007. O presidente do Sindipolo, Carlos Eitor Rodrigues, disse que foram demitidos 360 funcionários, dos quais aproximadamente 300 da Braskem. Os cortes começaram na Petroquímica Triunfo em maio de 2007, disse o dirigente.
O protesto coincidiu com o lançamento, à tarde, do início das obras de construção da futura fábrica de polietileno verde da Braskem em Triunfo. O Sindipolo criticou o governo pelas demissões, argumentando que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) irá financiar parte do investimento de R$ 500 milhões na nova planta da Braskem sem contrapartida de manutenção dos empregos.






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